Reler Debret



A partir de 15 de outubro de 2022

Ter nascido e existido como apêndice de outro país privou o Brasil da reflexão sobre sua própria identidade por 3 séculos. Somente a partir da Independência de Portugal começamos a esboçar definições variadas acerca do caráter nacional.
Reler Debret à sombra de 200 anos de Brasil como Estado Independente é a tarefa que nos impomos, tentando conjurar outras possibilidades de desenvolvimento a partir de um mesmo passado.
Jean-Baptiste Debret foi testemunha dos eventos relativos à Independência do Brasil, retratada por ele em textos e imagens como um ponto de inflexão definitivo de regeneração política de um povo “ainda na infância”, na “marcha progressiva para a civilização” a partir de sua construção como Nação.
Cem anos depois de tal caracterização, as comemorações do 1º centenário da Independência ofereceram ao país um campo de análise pautado por inquietação, mas também por esperanças e ambições que pareciam apontar para um Brasil afirmativo. A efervescência política, a grande exposição internacional, a Semana de Arte Moderna, entre outros acontecimentos, discutiam na verdade o futuro.
Hoje o Bicentenário se dá mais quieto; parece haver menos otimismo, menos cogitação no passado, menos dimensão de futuro. Essa exposição representa assim uma módica contribuição para ampliar os questionamentos que Debret tanto nos ajuda a depositar acerca de nossas ambições enquanto Nação

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